Saturday, February 27, 2010

Contação de histórias infantis budistas

Nada como um sábado bem diferente. Acordei às oito, já muito disposta para o grande desafio do dia: encenar dois contos budistas para uma plateia de crianças, praticamente sem ensaio. A minha parceira de contação, a Mila, infelizmente ficou doente na semana prévia, e a amiga e super atriz Francine Brandão, com toda a sua generosidade, topou entrar em cena no último minuto.

Ainda faltava terminar de preparar figurino, cenário, memorizar as falas e ensaiar. Para surpresa minha, chegou pelos Correios um lindo e grande papagaio de pelúcia do Cocoricó, enviado pelo Felipe, absolutamente amável! Anteriormente, havia tentado uma campanha no MSN para angariar o bichinho emprestado, mas sem sucesso. MUITO obrigada, pelo presente, querido! As crianças vidraram no papagaio.

Às três da tarde, os pequenos começaram a chegar; escreveram o nome e pintaram os crachás.
Este aqui é o Artur, o fofurinho filho da Andrea Moreiras e do Eduardo.

Este aqui é o serelepe Guilherme, neto da Márcia Regina.

A primeira história que eu e Fran contamos era O Papagaio e a Figueira
, um conto budista escrita pelo lama tibetano Tarthang Tulku, que fala sobre a importância da amizade.
Adaptei o roteiro para incluir mais a participação das crianças, a fim de criar um bosque cheio de frutas e animais. Tamanduá-bandeira, bicho preguiça, rinoceronte, ursinho... uma floresta inteira de bichinhos de pelúcia. Rolou também yoga (claro, sou suspeita) ...as posturas do gato, da cobra e do cachorro olhando para baixo.
Aqui, o temível ataque da onça-pintada. ROARRRRRRR

Os malabares (resgatados da minha ex-fase raves e música eletrônica) ajudaram a demonstrar as ondas de felicidade do papagaio perto da sua amiguinha figueira.
Depois do intervalo com mais desenhos para pintar, passeio pelo jardim e sessão pipoca, apresentamos a adaptação do Conto Jataka Moedas de Ouro. O irmão mais novo (eu, como Ivinho) tenta sacanear o irmão mais velho (a Fran, como Ivan) roubando mil moedas de ouro.

A protetora do rio (eu também), no entanto, tocada pela generosidade de Ivan, consegue reverter o crime. O irmão egoísta arrepende-se e as moedas de ouro, no caso eram de chocolates, são compartilhadas com todos.


Final feliz. Música e roda de ciranda para comemorar!

Enquanto os pequenos de quatro, cinco anos, participaram ativamente das brincadeiras, os de sete para cima, apesar de ficarem atentos durante a contação, fizeram questão de não participar de nada, até com um ar ofendido de serem chamados para atividades “infantis”. Já são “mocinhos”, sabe?

A experiência contribuiu para matar um pouquinho a minha saudade de fazer teatro. Está aí uma carreira de story teller a ser explorada (algum dia, quando eu conseguir arranjar mais 10% de tempo no meu dia :)
Para saber mais (e adquirir) Contos Jataka, clique aqui, no site da Editora Dharma.

Sabadão terminou com a deliciosa pizza caprese do Braz, em homenagem as aniversariantes Jennifer e Ana Maria.

Namastê! É sempre bom inovar.


Fotos by Mila Parente.

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