Compenetrada na leitura de um artigo de yoga, não tive nenhum segundo para me segurar na lateral da cadeira. O motorista do ônibus freou de forma cinematograficamente violenta e eu saí voando, sem asas.
Quem já participou de um acidente, conhece a estranha sensação, um tanto quanto contraditória, de sentir a vida passando de forma acelerada e em câmera lenta, ao mesmo tempo. Um metro e meio longe do assento, bati contra o banco da frente e caí feito uma jaca no chão. Tudo durou três segundo, no máximo. E aquela vontade reprimida de chorar com o susto.
Um passageiro ficou repetindo "calma, moça, levanta bem devagar, isso, bem devagar" e uma galera veio perguntar se eu estava bem. Um verdadeiro mico, claro, mas que me deixou bem reflexiva... Sobre a fragilidade do nosso corpo, sobre a preciosidade da vida humana, sobre o quão eu não estou preparada para capotar de vez, assim de repente.
Tuesday, April 15, 2008
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