"Mas você está menstruada de novo????!!!"
Pressentia mesmo que até o Kalidas pegaria no meu pé. Mais um workshop de yoga e eu menstruada, sim, de novo. Isso significa fazer uma prática diferenciada, bem mais leve e quieta, com bastante acessórios para apoiar cabeça, tronco, costas. Momento de recolhimento, o que eu costumo achar bem válido, pois o meu corpo pede mesmo trégua nessa semana do mês. Só que é uma pena perder a oportunidade de praticar os asanas que estão ensinados pelo professor e ir no fluxo da turma. Traduzindo em bom português: um saco. Ainda mais porque na formação são apenas cinco workshops por semestre e eu, super azarada, consigo passar boa parte deles menstruada. Ser mulher é estranho. A Joana disse que acha mais estranho ainda quem opta por não menstruar, e que adora essa semana mensal para se sentir renovada, para eliminar todas as toxinas. Eu, no entanto, adoraria ter outra espécie de ritual de purificação.
Observando os picos hormonais, vejo o quanto somos emocionalmente instáveis. O quanto desafiamos o mundo arduamente para mudar de ideia em pleno dia seguinte. E, no meu caso, sem constrangimento. Como li nesses dias: "Não tenho compromisso com a coerência".
Hoje, particularmente, quero colo. Me sinto absolutamente sensível após dois dias e meio em retiro (com uma hora a menos de sono por conta do horário de verão) e uma palestra no centro budista. Após a visita para conhecer o bebê linnnnnnnndo da Cris e do Gaba, recusei a ida ao Studio SP com Cilenita e Carol. Meus ouvidos querem silêncio. A garganta apertada exige silêncio. Abro a janela do quarto e me deixo dissolver na visão de Sampa à noite. Sei que amanhã dispensarei o colo. Incoerentemente yo.
Foto by Carline, setembro 2009, Café Gratitude, em Berkeley (EUA)
Sunday, October 18, 2009
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