Walmart anunciou, recentemente, que estava contratando um coordenador de Sustentabilidade com foco específico para cuidar de sua cadeia de fornecedores. Mas que avanço! É um marco de que o setor privado finalmente começa a se estruturar melhor e reconhecer a importância de monitorar e combater possíveis mazelas ao longo de todo o processo produtivo, que vai desde a escolha da matéria-prima até a hora do consumo (e possivelmente, no futuro, o descarte dos itens, tal como a logística reversa que vem sendo criada para o setor de eletroeletrônicos). Trabalho escravo, uso de mão-de-obra infantil, produtos originados no desmatamento ilegal de florestas... muitos são os impactos socioambientais que precisam ser combatidos, principalmente quando as empresas terceirizam os serviços.
É nesse contexto que vibro com o lançamento da Rede Sustentável Brasil, resultado da parceria do Instituto Observatório Social com a Papel Social Comunicação. A iniciativa terá quatro eixos de atuação:
O lançamento da plataforma aconteceu durante o Fórum Amazônia Sustentável, na Rio+20, que fiz questão de prestigiar.
Foto de Carline Piva, Rio+20, junho 2012
É nesse contexto que vibro com o lançamento da Rede Sustentável Brasil, resultado da parceria do Instituto Observatório Social com a Papel Social Comunicação. A iniciativa terá quatro eixos de atuação:
- Produzir informação qualificada sobre cadeias produtivas.
- Identificar e sistematizar modelos que sirvam de referência para empresas empenhadas em migrar da produção predatória para a produção sustentável.
- Produzir material educativo e contribuir para a formação de multiplicadores sobre o tema das cadeias produtivas.
- Sensibilizar empresas, governos e organizações da sociedade civil para a construção de uma economia que considere, em primeiro lugar, as pessoas e a natureza.
"Em 2006 publicamos a pesquisa 'Que Moda é Essa', revelando o trabalho degradante de milhares de trabalhadores bolivianos envolvidos com a produção de roupas. Depois disso, a C&A adotou diversas ações, inclusive aderiu ao Pacto Nacional Pela Erradicação do Trabalho
Escravo. Se a Zara tivesse seguido os mesmos passos da C&A, provavelmente teria evitado os mesmos problemas. Essa é a nossa proposta: além de ajudar a monitorar as cadeias produtivas, queremos sistematizar o conhecimento das boas práticas", explicou o jornalista Marques Casara, coordenador da Rede Sustentável (à direita, na foto).
Foto de Carline Piva, Rio+20, junho 2012
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