Tuesday, December 14, 2004

"Escrevi para me dizer.Brincadeira comigo mesmo" Rubem Alves

Lembra quando eu contei que uma amiga minha de infância estava fazendo (dentro do mestrado em Letras) um trabalho com os meus diários de 15, 18 e 20 anos? Pois é, recebi o estudo concluído: “Íntimo e Pessoal: A agenda como um espaço de constituição de si”. Além de muito bem escrito (a Mariane é o máximo!), é engraçadíssimo! Pelo menos para mim que nunca havia tido coragem de ler os escritos do passado. A gente se sente tão tansinha, né? hehehehe

Eis um trecho de 29/05/92: "Prestei tanta atenção em Biologia que até eu me surpreendi (...). Hoje reprisou o último capítulo de Felicidade, a Bia soube que o Álvaro era pai dela" HAHAHAHAHA
E por aí vai. Como eu pedi anonimato, a Mari me deu o apelido de Camila. Não me perguntem o porquê.

"Para concluir, acredito que nada seria mais revelador e oportuno que as próprias palavras de Camila escritas em seu diário de 1997, uma reflexão sobre a prática de escrever sobre si:

Porque anotar os acontecimentos da vida em um pequeno caderno? Gastar tempo recortando e colando gravuras que achou bonito, interessante e gostaria de guardar em algum cantinho especial? Por que correr o risco de ter os sentimentos mais puros e outros tão sujos expostos a um curioso que burlou a lei de confidencial? Por que escrever o que sente nas horas mais tristes, a dor da traição, a insegurança que acomete todos os jovens, os temores, as angústias? E por que registrar o primeiro gole de Tequila, um beijo ardente, um amigo novo na Internet, aquela força recebida de uma amiga, um bilhetinho “estamos com saudades” que ganhou da família? Eu pergunto: E por que não?!! Cada época da vida temos um modo diferente de pensar, cada dia que nasce traz junto um novo momento. Sendo triste ou não, merece ser registrado nesse grande livro que é nossa surpreendente vida. (13/07/1997 – grifos dela)."

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