Participei do encerramento do grupo da yoga (um deles, vou em dois atualmente). Recebi uma mensagem cujo título era “Pipoca”. Mencionava que os paulistas, ao contrário dos mineiros, desconhecem o significado da palavra “piruá”. Ué, nem eu faço idéia do que seja. Vai lá: piruá é o milho da pipoca que se recusa a estourar e fica com aquela cara de tacho no fundo da panela.
“Em Minas, piruá também é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: 'Fiquei piruá!'. Mas acho que o poder de comparação é maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa de que o jeito delas serem. A sua presunção e seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. O destino dos piruás geralmente é o lixo. Ah! E quanto às pipocas que estouram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...”
Friday, December 17, 2004
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment