"Existem muito poucas pessoas com a disciplina necessária para compreender a importância totalmente integradora da atividade, na maioria das vezes invisível, que está se consolidando para transformar nosso futuro. Quase não há sinais de alerta para a sociedade, com relação ao que nos espera. Há apenas a apreensão generalizada de que o homem pode estar a ponto de se aniquilar. Para as poucas pessoas que têm a disciplina para lidar com essas tendências invisivelmente integradoras, fica cada vez mais evidente que o homem está próximo a se tornar bem sucedido como um ocupante responsável do universo" (Buckminster Fuller, Massive change, 2004, p.19).
Esse trecho constava na apostila de trabalho do Global Fórum, o evento de dois dias que teve como proposta ser uma Rede de Conversação sobre Inovação na Educação e nos Negócios para a Sustentabilidade.
Quando fui convidada a participar, achei brilhante a idéia, pois já fui a tantos eventos de sustentabilidade cuja conclusão era sempre a mesma: para atingirmos objetivos comuns em nome da sustentabilidade do planeta, precisamos incentivar o diálogo e a união entre sociedade civil, empresas e governo. Finalmente estavam organizando um evento para promover esse diálogo e partir para a ação!
Creio que no primeiro dia de atividades, tudo ficou muito no abstrato, na imaginação de um mundo ideal em 2018, sem fome, sem depredação ambiental e sem violência. O clássico "you may say that I'm a dreamer, but I'm not the only one". Os trabalhos foram feitos em cima de uma metodologia chamada Investigação Apreciativa, na qual se promove uma diversidade de atores em cada mesa de diálogo (poder público, mídia, ONGs, empresários, jovens etc) e de uma forma conjunta são elaboradas idéias inovadoras para educação para a sustentabilidade.
A Investigação Apreciativa contém quatro etapas:
1) Descoberta de Forças (pontos comuns, insights)
2) Sonho (imaginar um mundo melhor)
3) Desenho das Aspirações
4) Destino (iniciativas que tragam resultados).
As melhores idéias sugeridas no primeiro dia de evento foram aprofundadas no segundo momento de atividades. Eu optei em contribuir em um grupo para elaborar uma lei que inclua a sustentabilidade, de forma transversal, na grade de ensino (da pré-escola ao nível superior), de forma a irradiar a conscientização para a melhoria dos aspectos socioambientais e econômicos do País.
Integravam o meu grupo (na foto acima) o economista Luiz Magno, que mantém o blog Reação Ambiental, e Antônio Freitas, diretor executivo da Fundação Getúlio Vargas e integrante do Conselho Nacional de Educação.
O momento de resumir as idéias para apresentar aos demais grupos.
A advogada Thais Ghilard também fez parte da nossa mesa de discussão. Aqui estávamos em uma sessão de brainstorming...
Ao final do evento, encaminhamos à Confederação Nacional da Indústria uma solicitação de comprometimento em apoiar essa idéia. Alguns participantes da mesa também ficaram de enviar a proposta do projeto de lei para deputados influentes.
Que a ação se torne mesmo realidade!
Fotos de Iolanda Huzak, retiradas do site oficial do Global Fórum.
Saturday, November 22, 2008
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2 comments:
Olá Carline, tudo bem?
O Fórum foi maravilhoso!
Eu fiquei surpreso com o potencial que temos quando estamos juntos, em torno do mesmo objetivo!
Adorei ter conhecido todos vocês e independente de qualquer coisa, a mística que vivenciamos nessa experiência ficou marcada de maneira bastante especial.
Continue visitando nosso blog e deixando noticias do que está fazendo, enfim, vamos manter nosso contato.
Continue irradiando essa luz tão bonita!
Até a próxima!
Luiz Magno
Daí, Luiz!
Obrigada pela visita no blog. Espero reencontrá-lo nos próximos eventos sustentáveis. Já adicionei o "Reação Ambiental" na minha lista de sites favoritos. Continue também com esse belo trabalho.
Beijo grande
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