O primeiro workshop de 2010 com Kalidas Nuyken foi repleto de muita conversa franca. Da parte dele, explicou os motivos que o levarão a interromper o curso de formação a partir de julho, sendo os principais o desejo de não reduzir o seu trabalho com o yoga a uma preparação para provas de certificação (sistema introduzido pela Associação Brasileira de Iyengar Yoga e adotado por um grande número de professores que passam por provas anuais) e a vontade de viajar com a família. Ele passou mais de uma hora conversando sobre isso, mas respeito muito a sua privacidade para ficar esmiuçando aqui no blog. Prefiro comentar que o bebê Michael, no auge dos seus oito meses e meio e dois dentinhos embaixo e doisem cima, fez todo mundo babar de tão chuchuzinho.
Os alunos também tiveram espaço para demonstrar seus sentimentos, desde frustração até apoio da decisão. No final, predominou o nosso reconhecimento sincero pela seriedade e dedicação deste professor, o "alemão-general" como dizem por aí (he he he).
Um dos colegas explicou bem, que há toda uma geração nova de professores aqui no Brasil apta a passar a técnica e os alinhamentos tão prezados pelo método, mas a combinação de experiência de vida, de 28 anos de dedicação ao ensino de yoga e, principalmente, desse estilo pessoal corajosamente autêntico será muito difícil de encontrar. E nos fará muita falta, certamente.
Após quase três anos estudando com o Kalidas, me sinto uma pessoa mais firme e mais aberta em minhas resoluções, sem achar que isso seja uma contradição. Minha prática de yoga passou a ter pés muito bem enraizados e essa firmeza de espírito se reflete em abundância em vários aspectos da vida. Papo ayurvédico: de 100% vatta, me transformei em uma vatta-pitta feliz. E ainda brinco que ganhei 0,7% de Kapha, com tanta meditação.
Kalidas é tão polêmico quanto o próprio método Iyengar, com o uso dos intermináveis acessórios. Interessante, isso.
Sunday, April 25, 2010
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