Sunday, December 24, 2006
Até 2007!
Foto: Mirco de Vito
Hoje começam minhas férias, inclusive do blog. Horas mais livres para aproveitar a natureza amazônica, tentar avistar botos e desfrutar o pôr-do-sol.
Comprei passagem para uma super viagem de três dias de barco, de Santarém rumo a Belém. Início de ano será conhecendo terras (e águas) novas, uma paixão que embalo com carinho, saboreando cada conversa que chega por acaso e vai embora despretensiosamente.
Obrigada por estar aí do outro lado, na maioria das vezes espiando em silêncio. Que o teu 2007 seja especial.
Até ano que vem U-HU!
"Possam todos os seres sencientes
Encontrar a felicidade e as causas da felicidade.
Possam ser livres do sofrimento e das causas do sofrimento.
Possam sempre ter felicidade perfeita, livre do sofrimento.
Possam viver em eqüanimidade, sem apego ou aversão, com amor diante de todos, sem qualquer discriminação"
(Cartão de natal que recebi do Instituto Nyingma)
Saturday, December 23, 2006
"Minha atitude diante de outras pessoas é a de sempre encará-las a partir do plano humano.
Friday, December 22, 2006
Extra! Extra! Lula sanciona projeto da Mata Atlântica
Saiu no: ultimosegundo.ig.com.br
"Depois de 14 anos de idas e vindas, a lei que protege o que resta da mata atlântica finalmente vai entrar em vigor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou hoje, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a lei aprovada no dia 29 de novembro pelo Congresso, depois de mais de uma década de tramitação, dois arquivamentos e várias manobras que por pouco não a descaracterizaram totalmente.
A área original da mata atlântica vai do Rio Grande do Sul ao Piauí, incluindo Minas Gerais e abriga, hoje 3.409 municípios. Da cobertura de 1,1 milhão de quilômetros quadrados quando o Brasil foi descoberto, hoje só restam 7% de área vegetal conservada. Desde 1992, quando ex-deputado Fábio Feldmann apresentou a proposta da lei, a cada ano a mata atlântica perdeu 100 mil hectares.
Apesar do decreto de proteção da mata editado em 1993 e que valia até a sanção da lei, o efeito na contenção do desmatamento foi pequeno. Apenas nos últimos cinco anos - de 2000 a 2005 - é que houve uma queda significativa na destruição da mata, com uma redução de 70%. Apesar disso, alguns Estados - especialmente Santa Catarina e Paraná - não pararam com a destruição.
Apenas os catarinenses derrubaram 48 mil hectares, mais do que outros sete outros Estados do sul e sudeste juntos nesse período.
(...) Na prática, a lei proíbe o desmatamento da área que resta de mata, incentiva a recuperação de áreas hoje degradadas e limita a exploração econômica a empreendimentos de desenvolvimento sustentável. Um fundo financeiro, que ainda precisa ser regulamentado, terá recursos federais para projetos de regeneração das áreas de mata que hoje estão degradadas, mas não totalmente desmatadas.
(...) A lei da mata atlântica é a primeira a ser sancionada que protege um dos biomas nacionais definidos como patrimônio nacional pela Constituição - os demais são a zona costeira, a Amazônia e o Pantanal. (...) Hoje faz 18 anos que o ambientalista Chico Mendes foi assassinado na Amazônia".
"Depois de 14 anos de idas e vindas, a lei que protege o que resta da mata atlântica finalmente vai entrar em vigor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou hoje, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a lei aprovada no dia 29 de novembro pelo Congresso, depois de mais de uma década de tramitação, dois arquivamentos e várias manobras que por pouco não a descaracterizaram totalmente.
A área original da mata atlântica vai do Rio Grande do Sul ao Piauí, incluindo Minas Gerais e abriga, hoje 3.409 municípios. Da cobertura de 1,1 milhão de quilômetros quadrados quando o Brasil foi descoberto, hoje só restam 7% de área vegetal conservada. Desde 1992, quando ex-deputado Fábio Feldmann apresentou a proposta da lei, a cada ano a mata atlântica perdeu 100 mil hectares.
Apesar do decreto de proteção da mata editado em 1993 e que valia até a sanção da lei, o efeito na contenção do desmatamento foi pequeno. Apenas nos últimos cinco anos - de 2000 a 2005 - é que houve uma queda significativa na destruição da mata, com uma redução de 70%. Apesar disso, alguns Estados - especialmente Santa Catarina e Paraná - não pararam com a destruição.
Apenas os catarinenses derrubaram 48 mil hectares, mais do que outros sete outros Estados do sul e sudeste juntos nesse período.
(...) Na prática, a lei proíbe o desmatamento da área que resta de mata, incentiva a recuperação de áreas hoje degradadas e limita a exploração econômica a empreendimentos de desenvolvimento sustentável. Um fundo financeiro, que ainda precisa ser regulamentado, terá recursos federais para projetos de regeneração das áreas de mata que hoje estão degradadas, mas não totalmente desmatadas.
(...) A lei da mata atlântica é a primeira a ser sancionada que protege um dos biomas nacionais definidos como patrimônio nacional pela Constituição - os demais são a zona costeira, a Amazônia e o Pantanal. (...) Hoje faz 18 anos que o ambientalista Chico Mendes foi assassinado na Amazônia".
"Santarém, vou além dos teus encantos..."
Thursday, December 21, 2006
Não im-por-ta!
Grito de guerra da VI Teia Cabocla de Liderancas Juvenis, realizada em Maguari, de 15 a 17 de dezembro.
Cerca de 70 jovens participaram de várias oficinas para melhorar a qualidade de produção de seus jornais, rádios e centros de internet comunitários.
É neste clima de união que desejo a todos e todAs (aqui no Pará eles fazem questão de diferenciar o gênero) um FELIZ NATAL, com muita PéNaJaquice no coração!
O jornalista e colunista da Folha de S.Paulo Marcelo Leite dá palestra para os jovens repórteres ribeirinhos
Depois, relata em seu blog http://cienciaemdia.zip.net, sua experiência visitando o oeste paraense:
"Tem razão o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro quando diz que, no Brasil, todo mundo é índio -- exceto quem não é. É uma maneira de dizer, acho, que só não é índio quem não quer, ou quem não pode. Foram cinco dias visitando comunidades ribeirinhas com nomes saborosos na língua, como Jamaraquá, Maguari, Suruacá, Anumã, Aramanaí, Acaratinga, Capixauã, Mapiri, Piquiatuba, Caxiricatuba... Depois de tanto tupi, eu mesmo não estou me sentindo muito branco (como, aliás, a pele não nega). É só querer.
Está certo que ribeirinho não é índio, mas qualquer estrangeiro -- do Brasil ou de fora dele -- vai concluir que é. Geneticamente, sem dúvida: basta atentar para os cabelos e os olhos. Culturalmente, bastante: sentados junto ao fogo, de noite, comendo tucunaré com tucupi e farinha de mandioca, as histórias sobre panema e curupira dizem tudo. Historicamente, é outra coisa: filhos da mistura do português com as índias, mais sucessivas levas de brasileiros pobres de outras partes, em especial do Nordeste, eles próprios filhos da mescal de europeu, índio e negro.
Se existir um gene da pilhéria, não cabe dúvida de que ele terá alta incidência nessa população. Um exemplo: ontem, num encontro de jovens de várias comunidades da região em Maguari, Magnólio de Oliveira (profissão: palhaço) aloprava ao microfone diante de 67 rapazes e moças de 22 localidades ribeirinhas e disparou na cara de um representante de uma comunidade do município de Aveiro:
- Você tem apelido?
- Tenho, sim senhor.
- E qual é?
- É 'Feio...'
- Como?
- 'Feio Que Nem O Senhor'."
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