Esta é a praia mais perto da Avenida Beira Mar que é recomendada para banho. Como você pode observar, a faixa de areia é ampla e permite muitas barracas de praia, cadeiras, frescobol, crianças virando milanesa na beira da água e, ainda assim, espaço extra para muito mais. Infelizmente, as ocorrências de roubo são gigantescas, os donos das barracas contratam seguranças particulares - e um deles veio me dar um esporro porque eu tirei a câmera da mochila e bati essa foto singela. "Assim não dá, moça!!! Depois não adianta chorar porque eles fogem pra favela aqui do lado e já era". Os problemas resultantes da desigualdade social de Fortaleza acentuam-se no fim de semana repleto de turistas.
Suando para ganhar a vida?
A frequencia de ambulantes lembra o Parque do Ibirapuera aos domingos. Ostras, camarão seco, bijuterias, anéis de prata "verdadeira", cangas, ovos de codorna, vestidos praianos, chapéus, frutas tropicais... Vai um? Não, obrigada.
Recomendo a Barraca Cabumba, principalmente pela ó-ti-ma trilha sonora, que mescla chill out com MPB roots, Jack Johnson e outras músicas fofinhas que animam passar o dia inteiro largada na sombra, tomando suco de cajá e petiscando pastéis de queijo coalho (no meu caso, que sou vegetariana). Outra característica é que é um point GLS, que respeita a diversidade. E eu zelo muito por esse respeito.
Meu amigo Vinícius e yo :)
Saturday, January 31, 2009
Friday, January 30, 2009
Despedida da Milena
O estágio da Milena terminou, após dois anos de Coelce, e rolou uma despedida bem emocionada. Bolo, vídeos com depoimentos de colegas de trabalho e um happy hour em um bar que eu não decorei o nome, mas acho que tem algo a ver com Picanha. Rei da Picanha? O Bambamba das Carnes? Enfim, momento de desejar boa sorte para a mudança de vida da Milenita :)
Na foto: João Paulo, Wilson, Wesley, Milena, Emanuel, Vinícius, Soraya, Alexandre, Larissa e Laureci. Gente muito querida.
Soraya, Milena e Carli.
Italiana? Imagina...
Com Cleiton, Vinícius e Sérgio.
Eu e Família Coelce.
Na foto: João Paulo, Wilson, Wesley, Milena, Emanuel, Vinícius, Soraya, Alexandre, Larissa e Laureci. Gente muito querida.
Soraya, Milena e Carli.
Italiana? Imagina...
Com Cleiton, Vinícius e Sérgio.
Eu e Família Coelce.
Sunday, January 25, 2009
"There is a great silence that is listening to the thoughts" Adyashanti
Mais poesia e menos rebeldia. Assim descrevo o show de Alanis Morissette em sua nova turnê Flavors of Entanglement. As luzes do palco, as projeções de orquídeas gigantes e muito coloridas e a presença da canadense, que até fez cinco minutos de giro sufi (imagina só que linda com aquele cabelão todo solto), transbordaram um sentimento de enjoy your life.
Na terra do forró e com show do Jota Quest de graça competitindo, não consegui convencer nenhum colega aqui em Fortaleza a me acompanhar. Sozinha, aproveitei para saborear todas as memórias de adolescência que acompanham Jagged Little Pill. O CD me lembra Brusque, especialmente quando a Dani o ganhou em um amigo secreto e eu perguntei: quem é ela? Eu achava a Dani uma versão catarina da Alanis, ousada, de personalidade forte e, sim, com cabelões também. Também via a Naomi pelo viés Morissette. E me via também, acolhendo sonhos de ir um dia para Londres e percorrer o mundo. Aos 30, estamos todas tão diferentes e foi gostoso ver a Alanis com seus trinta e poucos também. Mais serena, sei lá, mais livre? Apenas impressões, mas que emocionaram.
O público quase pirou em "You Oughta Now", em que ela eternamente vai xingar o seu ex-namorado. Eu sempre preferi Perfect...
Perfect
Sometimes is never quite enough
If you're flawless, then you'll win my love
Don't forget to win first place
Don't forget to keep that smile on your face
Be a good boy
Try a little harder
You've got to measure up
And make me prouder
How long before you screw it up
How many times do I have to tell you to hurry up
With everything I do for you
The least you can do is keep quiet
Be a good girl
You've gotta try a little harder
That simply wasn't good enough
To make us proud
I'll live for you
I'll make you what I never was
If you're the best, then maybe so am I
Compared to him compared to her
I'm doing this for your own damn good
You'll make up for what I blew
What's the problem ...... why are you crying
Be a good boy
Push a little farther now
That wasn't fast enough
To make us happy
We'll love you just the way you are
if you're perfect
A mensagem do título é recomendação da Alanis em seu site oficial www.alanis.com e a foto eu pesquei no google (não tinha crédito, sorry).
Na terra do forró e com show do Jota Quest de graça competitindo, não consegui convencer nenhum colega aqui em Fortaleza a me acompanhar. Sozinha, aproveitei para saborear todas as memórias de adolescência que acompanham Jagged Little Pill. O CD me lembra Brusque, especialmente quando a Dani o ganhou em um amigo secreto e eu perguntei: quem é ela? Eu achava a Dani uma versão catarina da Alanis, ousada, de personalidade forte e, sim, com cabelões também. Também via a Naomi pelo viés Morissette. E me via também, acolhendo sonhos de ir um dia para Londres e percorrer o mundo. Aos 30, estamos todas tão diferentes e foi gostoso ver a Alanis com seus trinta e poucos também. Mais serena, sei lá, mais livre? Apenas impressões, mas que emocionaram.
O público quase pirou em "You Oughta Now", em que ela eternamente vai xingar o seu ex-namorado. Eu sempre preferi Perfect...
Perfect
Sometimes is never quite enough
If you're flawless, then you'll win my love
Don't forget to win first place
Don't forget to keep that smile on your face
Be a good boy
Try a little harder
You've got to measure up
And make me prouder
How long before you screw it up
How many times do I have to tell you to hurry up
With everything I do for you
The least you can do is keep quiet
Be a good girl
You've gotta try a little harder
That simply wasn't good enough
To make us proud
I'll live for you
I'll make you what I never was
If you're the best, then maybe so am I
Compared to him compared to her
I'm doing this for your own damn good
You'll make up for what I blew
What's the problem ...... why are you crying
Be a good boy
Push a little farther now
That wasn't fast enough
To make us happy
We'll love you just the way you are
if you're perfect
A mensagem do título é recomendação da Alanis em seu site oficial www.alanis.com e a foto eu pesquei no google (não tinha crédito, sorry).
Lagoinha, a 110 km de Fortaleza
O sapão morto em primeiro plano serve como detalhe póstumo da negligência humana em preservar esse paraíso natural. Mais uma praia cearense que infelizmente está sendo entupida de esgoto, lixo pelo chão e construção desordenada de barracas, casas e empreendimentos hoteleiros em cima de falésias e de vegetação nativa. Turistas que deixam restos de camarão pelo chão, latinhas de skol largadas por tudo e até carros comuns andando pela areia.
Apesar das partes belas, ai, não dá vontade de recomendar, não.
Fotos by Carline, 24/01/09.
Saturday, January 24, 2009
Desfrute o inverno chuvoso do Ceará
(...) Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara" (Fagner)
Eis minha primeira andada de pau-de-arara, que em apenas meia hora deixou a minha bunda doída e a mente questionando: que dureza eram as viagens de 13 dias do Ceará a São Paulo!
Após tanta seca de verão, não ouso reclamar em compartilhar um sábado nublado e chuvoso. A terrinha merece... e fartura passa a ter de montão.
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara" (Fagner)
Eis minha primeira andada de pau-de-arara, que em apenas meia hora deixou a minha bunda doída e a mente questionando: que dureza eram as viagens de 13 dias do Ceará a São Paulo!
Após tanta seca de verão, não ouso reclamar em compartilhar um sábado nublado e chuvoso. A terrinha merece... e fartura passa a ter de montão.
Thursday, January 22, 2009
Beatriz! Beatriz! Beatriz!
Incrível a serenidade desta imagem, não?
Com a palavra, a mamãe Tati PéNaJaca:
"No dia 20/01/2009, às 8h26, recebemos nosso pacotinho. Beatriz chegou ao mundo com 47 cm e 2,585 kg. Ainda não consigo descrever as emoções deste momento e nem tudo que tenho sentido nos últimos dias (fico devendo um post sobre as emoções).
Por conta do tipo mignon da nossa pequena e da taxa de glicose baixa, tivemos que ficar alguns dias a mais na maternidade. Viemos para casa no final da tarde de sexta-feira e estamos todos (eu, gil e beatriz) nos adaptando a nova vida. Nem precisamos dizer o quanto estamos felizes, né?"
http://tatianaw.multiply.com/photos/album/99/Chegou_Beatriz
Com a palavra, a mamãe Tati PéNaJaca:
"No dia 20/01/2009, às 8h26, recebemos nosso pacotinho. Beatriz chegou ao mundo com 47 cm e 2,585 kg. Ainda não consigo descrever as emoções deste momento e nem tudo que tenho sentido nos últimos dias (fico devendo um post sobre as emoções).
Por conta do tipo mignon da nossa pequena e da taxa de glicose baixa, tivemos que ficar alguns dias a mais na maternidade. Viemos para casa no final da tarde de sexta-feira e estamos todos (eu, gil e beatriz) nos adaptando a nova vida. Nem precisamos dizer o quanto estamos felizes, né?"
http://tatianaw.multiply.com/photos/album/99/Chegou_Beatriz
Iyengar Yoga em Fortaleza
Vim há pouco do Yoga Mudra, o estúdio de yoga montado por Jimena Marques, que eu não conhecia pelo nome, mas depois descobri que fizemos algumas aulas com o Kalidas, em Sampa. Fiz uma prática muito bela com ela e estou prestes a me largar leve e feliz na cama. Os sonhos que andavam agitados em Sampa ganharam uma dimensão bem mais suaves na terra cearense. Pretendo voltar na semana que vem para fazer mais aulas. Já fiz até amigos novos, olha que delícia! Troquei dicas sobre restaurantes vegetarianos, quero dizer, não há um mísero em Fortaleza, o paraíso dos amantes do camarão e derivados marítimos hehehe. O golpe duro de aceitar foi o fechamento do Gergelim, um achado da última vez, que servia uma comida natural e orgânica a la bistrot chique. Pelo jeito, os donos das churrascarias e de frutos do mar venceram a parada.
Até o momento não tirei nenhuma foto. Os dias passam bem ativos, entrevistando toda a galera executiva da empresa. Já à noite, saio para caminhar na Beira Mar e para contemplar o mar. Hoje, no entanto, senti vontade de escrever...
Ao longo da avenida, os pedintes são OS MESMOS, inclusive NOS MESMOS lugares de um ano atrás. Dois em particular chamam a atenção, um com deficiência nas pernas e nos braços, que toca uma sanfoninha e ousa cantar tão rebuscado que parece ter um leve retardo mental. Outro é deficiente visual e bate incessantemente no chão com uma canequinha de alumínio com umas duas moedas dentro. Tclec tclec tclec: faça a sua caridade hoje e dê uma esmola para o cego. Tclec tclec tclec. Como estou de bom humor, me abstenho de comentar sobre a prostituição estimulada pelos turistas estrangeiros.
Surpresa! Tem Alanis Morissete neste sábado em um tal de Siará Hall. Eu vou! E provavelmente sozinha porque está todo mundo achando um absurdo o ingresso da pista custar R$ 60,00. É, eles não vivem em São Paulo.
Até o momento não tirei nenhuma foto. Os dias passam bem ativos, entrevistando toda a galera executiva da empresa. Já à noite, saio para caminhar na Beira Mar e para contemplar o mar. Hoje, no entanto, senti vontade de escrever...
Ao longo da avenida, os pedintes são OS MESMOS, inclusive NOS MESMOS lugares de um ano atrás. Dois em particular chamam a atenção, um com deficiência nas pernas e nos braços, que toca uma sanfoninha e ousa cantar tão rebuscado que parece ter um leve retardo mental. Outro é deficiente visual e bate incessantemente no chão com uma canequinha de alumínio com umas duas moedas dentro. Tclec tclec tclec: faça a sua caridade hoje e dê uma esmola para o cego. Tclec tclec tclec. Como estou de bom humor, me abstenho de comentar sobre a prostituição estimulada pelos turistas estrangeiros.
Surpresa! Tem Alanis Morissete neste sábado em um tal de Siará Hall. Eu vou! E provavelmente sozinha porque está todo mundo achando um absurdo o ingresso da pista custar R$ 60,00. É, eles não vivem em São Paulo.
Tuesday, January 20, 2009
Beatriz nasceu!
Monday, January 19, 2009
Organizando os sentimentos
Consegui cumprir o primeiro mega dead line de um relatório de sustentabilidade no dia 15, quinta-feira, exatamente às 19 horas, e estava com a cara da cachorrinha aí de cima, querendo massagem (afe, que correria!). Consegui chegar na aula de yoga dada pela Cris (que é ótima). Primeira postura: sirsasana (invertida sobre a cabeça) pendurada nas cordas. De cabeça para baixo, procurando recomeçar a vivenciar uma pausa merecida, veio tudo, um enjôo bem forte, a dor nos pulsos de tanto digitar... ui! Passei boa parte da aula fazendo asanas mais restaurativos- embora os meus joelhos não consideram supta virasana (postura do herói reclinado) muito relaxante...
Desde então, segui meus dias organizando a vida, os sentimentos, a casa. Final de semana inteiro reflexivo, recebendo ainda boas visitas, como a Paula (irmã do Dudu) que dormiu aqui na sexta e vimos Juno (oh, que gracinha), após o encontro na casa da Dani para ver o final da novela(ha-ha-ha)que nem acompanhei. A Paulitcha (amiga jornalista) também deu uma passada hoje para conhecer o apê. Estou procurando roommate e as duas principais exigências são: não fumar e ter bom humor.
E amanhã sigo para Fortaleza. Será que desta vez, apesar de todos os compromissos de trabalho, eu conseguirei me jogar para Jericoacoara? Yesssssssssssssssssss
A foto remete outros momentos-de-pensando na vida, na Lagoa de Ibiraquera (perto de Garopaba, SC), fazendo cafuné na cachorrinha da Juli Britto, em dezembro 2008.
Escreverei lá do Ceará. Bom início de semana para todos!
P.S: e a pergunta que nunca quer calada: quanto o Pedro Bial recebe para enterrar de vez o glamour como jornalista ao apresentar o Big Brother?!! Ele é que devia estar cobrindo a Guerra na Faixa de Gaza, como sempre fez com tanta credibilidade e competência.
Fotos by Kelly Piva.
Thursday, January 15, 2009
You're so very special
Monday, January 12, 2009
"Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação duvidosa da vida, mas a poesia inexplicável da vida"... Drummond
Passo dias corridos no trabalho para consegui entregar em breve (afe!) um relatório de sustentabilidade.
Passo dias sentindo imensa compaixão por todos os palestinos e pelas injustiças cometidas por Israel: ah, vai, até fósforo branco estão usando no combate... Free Palestine!
Eu e minhas amadas amigas da turma PéNaJaca passamos os dias em contagem regressiva pelo bebê Beatriz, que anda curtindo tanto a barriga da Tati que demora em nascer. A campanha continua: Vem, baby PNJ!
Meu almoço será pá-pum. Respiremos...
Passo dias sentindo imensa compaixão por todos os palestinos e pelas injustiças cometidas por Israel: ah, vai, até fósforo branco estão usando no combate... Free Palestine!
Eu e minhas amadas amigas da turma PéNaJaca passamos os dias em contagem regressiva pelo bebê Beatriz, que anda curtindo tanto a barriga da Tati que demora em nascer. A campanha continua: Vem, baby PNJ!
Meu almoço será pá-pum. Respiremos...
Thursday, January 08, 2009
Trilha até a Praia Vermelha
Respirando com as borboletas.
Sobe, sobe!
Mana Kelly.
Natureza.
Esqueceram de avisar o Oceano Atlântico que ele não é o Pacífico! A água era puro gelo.
Feliz...
"Vida Reversa
A vida é dura,
toma muito o seu tempo,
todos os fins de semana,
e no fim o que você ganha?
A morte, que bela recompensa.
Acho que o ciclo da vida está ao contrário.
Você devia primeiro morrer, ficar livre disso.
Depois viver vinte anos num asilo de velhos.
Ser posto para fora quando ficar jovem demais.
Ganhar um relógio de ouro, ir trabalhar.
Trabalhar quarenta anos até ser jovem e poder gozar sua aposentadoria.
Ir para a faculdade,
festejar até estar preparado para o colégio...
Então virar criança, brincar,
não ter responsabilidades,
virar um menininho ou uma menininha,
voltar para o útero,
passar seus últimos nove meses flutuando.
E terminar como um brilho nos olhos de alguém".
Sobe, sobe!
Mana Kelly.
Natureza.
Esqueceram de avisar o Oceano Atlântico que ele não é o Pacífico! A água era puro gelo.
Feliz...
"Vida Reversa
A vida é dura,
toma muito o seu tempo,
todos os fins de semana,
e no fim o que você ganha?
A morte, que bela recompensa.
Acho que o ciclo da vida está ao contrário.
Você devia primeiro morrer, ficar livre disso.
Depois viver vinte anos num asilo de velhos.
Ser posto para fora quando ficar jovem demais.
Ganhar um relógio de ouro, ir trabalhar.
Trabalhar quarenta anos até ser jovem e poder gozar sua aposentadoria.
Ir para a faculdade,
festejar até estar preparado para o colégio...
Então virar criança, brincar,
não ter responsabilidades,
virar um menininho ou uma menininha,
voltar para o útero,
passar seus últimos nove meses flutuando.
E terminar como um brilho nos olhos de alguém".
Wednesday, January 07, 2009
Tuesday, January 06, 2009
Minha virada para 2009
Monday, January 05, 2009
Primeira segunda-feira do ano
Fiz um pacto com uma parte da minha mente no final de 2008: nada de elaborações, nem balanços complexos sobre o que já foi e o que poderá ser. Ela não gostou muito, ainda mais com tanto tempo livre para caminhar na praia e justamente organizar a vida para o próximo ano. Esquizofrenia à parte, esta parte da minha mente tem até apelido carinhoso: “Should I stay or should I GO?” (Devo ficar ou devo IR?). Porque é assim que geralmente ela me faz sentir. Cada dia, uma nova bifurcação de caminhos, me exigindo fazer as melhores escolhas, com todas as certezas possíveis e impossíveis, sem que eu – sinceramente – não esteja nem um pouco a fim de decidir nada além de água de coco ou suco de laranja.
Achei que a tinha despistado, mas foi só colocar os pés nas areias de Itapema para Should-I-stay-or-should-I-go enrolar charmosamente a sua echarpe no pescoço e passar a me acompanhar, intrometida, sussurrando... você tem certeza que vai dar conta de tantos novos cursos no ano que vem? E as aulas de saxofone novamente adiadas? Você vai se contentar eternamente em tocar aquela flauta mixuruca?! Ah, convenhamos, nem isso andavas praticando com disciplina.
Ah, não! - protestei. Caríssima, você não foi definitivamente convidada para as minhas mini-férias de virada de ano. Dessa vez, não vou lhe proporcionar um corpo bronzeado, nem marquinhas de biquíni. Você anda merecendo um verão pálido.
E foi assim que, de comum acordo, deixei Should-I-stay-or-should-I-go aproveitando o silêncio das ruas vazias e monótonas de São Paulo, sem dar nem um mergulho em Ubatuba.
Passei dias incríveis na companhia da parte da minha mente que mais me agrada: a Sem Expectativas. Esta sim me faz apreciar cada novo raiar do sol como o primeiro já visto. De mãos dadas e havaianas nos pés, conseguimos receber com amor e paciência aquela super proteção dos pais que costuma sufocar (O que você vai querer almoçar amanhã? E no café da tarde? E no jantar? Não tens mais roupas escuras para serem lavadas?). Sem Expectativas também me acompanhou na bela programação do Reveillon da Paz, em Garopaba, onde curti dias especiais, que me fizeram rir tanto que me senti uma adolescente em excursão de encerramento de colegial.
Hoje, porém, ao preparar a mochila para voltar para Sampa, Should-I-stay-or-should-I-go veio correndo, saudosa, dando abraço de urso e, ainda que pálida, transparecia um brilho bem saudável em toda a sua pele. E aí, aproveitou o descanso? – perguntou ela. Façamos uma ótima viagem de volta.
Achei que a tinha despistado, mas foi só colocar os pés nas areias de Itapema para Should-I-stay-or-should-I-go enrolar charmosamente a sua echarpe no pescoço e passar a me acompanhar, intrometida, sussurrando... você tem certeza que vai dar conta de tantos novos cursos no ano que vem? E as aulas de saxofone novamente adiadas? Você vai se contentar eternamente em tocar aquela flauta mixuruca?! Ah, convenhamos, nem isso andavas praticando com disciplina.
Ah, não! - protestei. Caríssima, você não foi definitivamente convidada para as minhas mini-férias de virada de ano. Dessa vez, não vou lhe proporcionar um corpo bronzeado, nem marquinhas de biquíni. Você anda merecendo um verão pálido.
E foi assim que, de comum acordo, deixei Should-I-stay-or-should-I-go aproveitando o silêncio das ruas vazias e monótonas de São Paulo, sem dar nem um mergulho em Ubatuba.
Passei dias incríveis na companhia da parte da minha mente que mais me agrada: a Sem Expectativas. Esta sim me faz apreciar cada novo raiar do sol como o primeiro já visto. De mãos dadas e havaianas nos pés, conseguimos receber com amor e paciência aquela super proteção dos pais que costuma sufocar (O que você vai querer almoçar amanhã? E no café da tarde? E no jantar? Não tens mais roupas escuras para serem lavadas?). Sem Expectativas também me acompanhou na bela programação do Reveillon da Paz, em Garopaba, onde curti dias especiais, que me fizeram rir tanto que me senti uma adolescente em excursão de encerramento de colegial.
Hoje, porém, ao preparar a mochila para voltar para Sampa, Should-I-stay-or-should-I-go veio correndo, saudosa, dando abraço de urso e, ainda que pálida, transparecia um brilho bem saudável em toda a sua pele. E aí, aproveitou o descanso? – perguntou ela. Façamos uma ótima viagem de volta.
Sunday, January 04, 2009
Eu recomendo!
Confesso que não sou muito fã de best sellers, geralmente por puro preconceito, mas esse eu não resisti: “Comer, Rezar e Amar”, um relato do ano sabático que a jornalista norte-americana Elizabeth Gilbert fez pela Itália, Índia e Indonésia. Kelly havia comprado o livro e me permitiu devorá-lo em poucos dias, já que 1) a leitura era muito informal e fluida; 2) era sobre viagens, meu hobby favorito; 3) falava sobre Itália e Índia, dois lugares que eu já enfiei o Pé Na Jaca e certamente quero voltar e ficar que nem ela, em um ashram; 4) tinha final feliz e bem romântico, que combina bem com o clima emotivo de viradas de ano e de vidas.
Segue um gostinho...
“Os sábios iogues dizem que a dor da vida humana é causada pelas palavras, assim como toda a alegria. Nós criamos palavras para definir nossa experiência, e essas palavras trazem consigo emoções que nos sacodem como cães em uma coleira. Nós somos seduzidos pelos nossos próprios mantras (Eu sou um fracasso... Estou só... Eu sou um fracasso... Estou só... Sou um fracasso... Estou só...), e nos transformamos em monumentos a esses mantras. Passar algum tempo sem falar, portanto, é uma tentativa de desvencilhar do poder das palavras, de parar de nos asfixiar com as palavras, de nos libertar de nossos mantras sufocantes”.
Segue um gostinho...
“Os sábios iogues dizem que a dor da vida humana é causada pelas palavras, assim como toda a alegria. Nós criamos palavras para definir nossa experiência, e essas palavras trazem consigo emoções que nos sacodem como cães em uma coleira. Nós somos seduzidos pelos nossos próprios mantras (Eu sou um fracasso... Estou só... Eu sou um fracasso... Estou só... Sou um fracasso... Estou só...), e nos transformamos em monumentos a esses mantras. Passar algum tempo sem falar, portanto, é uma tentativa de desvencilhar do poder das palavras, de parar de nos asfixiar com as palavras, de nos libertar de nossos mantras sufocantes”.
A gente se vê... em Sampa!
Na despedida do retiro da Montanha Encantada, a clássica troca de contatos com as pessoas que tivemos mais afinidades no grupo, procurando amenizar o sentimento de quero mais. Ok, eu e você sabemos que o evento foi único e que dificilmente a vida reunirá as mesmíssimas pessoas em um contexto parecido. Mesmo assim é inegável o prazer de poder facilitar a oportunidade de te chamar para uma caminhada no Villa Lobos ou beber um chopp escuro no Filial.
Aliás, encontrei mais uma grande vantagem de morar na maior cidade do Brasil: é só comparecer em um evento zen no meio da natureza para perceber que boa parte do grupo veio de São Paulo (um brinde ao trânsito caótico?!). Ou seja, a gente faz novos amigos e tem o privilégio de, na despedida, poder dizer: até breve! Vamos poder continuar aquele papo sobre antroposofia, iyengar yoga e zona cerealista.
Ao escrever meu nome e telefone de contato no papelzinho alheio, costumo ponderar se vale a pena incluir o endereço deste blog. Fica sempre aquela pontinha de culpa de quem deveria ter atualizado de forma mais constante os acontecimentos e, principalmente, arranjado alguma aventura recente capaz de cativar o novo amigo/leitor (o que não é lá muito o caso, neste exato momento). Mais ou menos o que a minha mãe sente antes de chamar uma visita lá pra casa. Será que a sala está arrumada e tem biscoitinhos e suco para oferecer?
No mês passado, vi uma palestra sobre mídias e redes sociais, que tratou, inclusive, de como fazer um blog autêntico e interessante o suficiente a ponto de fidelizar leitores e promover transformações, comunidades de troca de experiências... Uma dica era divulgar o espaço no Orkut, o que eu já torci o nariz, por vários motivos, primeiro: nunca tive Orkut justamente porque faço questão de não deixar o meu rastro tão visível a ponto dos coleguinhas de Colégio Cônsul Carlos Renaux (em Brusque) me acharem e começarem a perguntar como é que eu tenho passado (eles não aceitariam uma breve resposta a la “Estou bem, obrigada” e eu já não tenho o tempo que gostaria para ficar com os meus amigos atuais, imagina só os antigos); segundo: ainda não tenho nenhuma pretensão de transformar este chuchuzinha em um ponto de encontro de novidades e curiosidades de nenhum determinado tema, além, claro, dos devaneios carlinísticos que conseguem uma modesta e um tanto quanto fiel média de 30 visitas diárias, de gente como você, que não faço idéia de quem seja, já que recados e comentários são iguarias escassas (e muitas apreciadas, vale frisar). Simone, você está no topo do ranking da simpatia.
De vez em outra, recebo uns e-mails interessantes, de pessoas pedindo dicas de viagem, dicas de leituras, dicas de vida. Eu respondo, claro, embora sempre considere que existam pessoas bem mais gabaritadas para todas essas tarefas (ok, talvez não com o meu senso de humor).
Enfiiiiim, surgiu 2009 (U-hu!) e eu celebro com você a empolgação de estar quase em 2010 (prefiro décadas fechadas, números redondos, mais polpudos) hehehe. Estou feliz de estar em Sampa, cuja segunda grande vantagem que merece ser comentada é a possibilidade linda de viver no mais completo anonimato. Gente, eu adoro ser qualquer-um-em-São-Paulo.
Logo após o Natal, em um barzinho de reggae em Mariscal (SC), encontrei um conhecido meu lá de Brusque que fez a costumeira pergunta: como você ter coragem de viver lá? Me perdoe, querido, mas coragem verdadeira é viver em Brusque.
Um Feliz Ano Novo, em Sampa!
Aliás, encontrei mais uma grande vantagem de morar na maior cidade do Brasil: é só comparecer em um evento zen no meio da natureza para perceber que boa parte do grupo veio de São Paulo (um brinde ao trânsito caótico?!). Ou seja, a gente faz novos amigos e tem o privilégio de, na despedida, poder dizer: até breve! Vamos poder continuar aquele papo sobre antroposofia, iyengar yoga e zona cerealista.
Ao escrever meu nome e telefone de contato no papelzinho alheio, costumo ponderar se vale a pena incluir o endereço deste blog. Fica sempre aquela pontinha de culpa de quem deveria ter atualizado de forma mais constante os acontecimentos e, principalmente, arranjado alguma aventura recente capaz de cativar o novo amigo/leitor (o que não é lá muito o caso, neste exato momento). Mais ou menos o que a minha mãe sente antes de chamar uma visita lá pra casa. Será que a sala está arrumada e tem biscoitinhos e suco para oferecer?
No mês passado, vi uma palestra sobre mídias e redes sociais, que tratou, inclusive, de como fazer um blog autêntico e interessante o suficiente a ponto de fidelizar leitores e promover transformações, comunidades de troca de experiências... Uma dica era divulgar o espaço no Orkut, o que eu já torci o nariz, por vários motivos, primeiro: nunca tive Orkut justamente porque faço questão de não deixar o meu rastro tão visível a ponto dos coleguinhas de Colégio Cônsul Carlos Renaux (em Brusque) me acharem e começarem a perguntar como é que eu tenho passado (eles não aceitariam uma breve resposta a la “Estou bem, obrigada” e eu já não tenho o tempo que gostaria para ficar com os meus amigos atuais, imagina só os antigos); segundo: ainda não tenho nenhuma pretensão de transformar este chuchuzinha em um ponto de encontro de novidades e curiosidades de nenhum determinado tema, além, claro, dos devaneios carlinísticos que conseguem uma modesta e um tanto quanto fiel média de 30 visitas diárias, de gente como você, que não faço idéia de quem seja, já que recados e comentários são iguarias escassas (e muitas apreciadas, vale frisar). Simone, você está no topo do ranking da simpatia.
De vez em outra, recebo uns e-mails interessantes, de pessoas pedindo dicas de viagem, dicas de leituras, dicas de vida. Eu respondo, claro, embora sempre considere que existam pessoas bem mais gabaritadas para todas essas tarefas (ok, talvez não com o meu senso de humor).
Enfiiiiim, surgiu 2009 (U-hu!) e eu celebro com você a empolgação de estar quase em 2010 (prefiro décadas fechadas, números redondos, mais polpudos) hehehe. Estou feliz de estar em Sampa, cuja segunda grande vantagem que merece ser comentada é a possibilidade linda de viver no mais completo anonimato. Gente, eu adoro ser qualquer-um-em-São-Paulo.
Logo após o Natal, em um barzinho de reggae em Mariscal (SC), encontrei um conhecido meu lá de Brusque que fez a costumeira pergunta: como você ter coragem de viver lá? Me perdoe, querido, mas coragem verdadeira é viver em Brusque.
Um Feliz Ano Novo, em Sampa!
Saturday, January 03, 2009
Namastê
Chuva, muita chuva. O que não foi motivo suficiente para eu desistir de levantar cedinho e meditar, às sete da matina. Aliás, meditar com chuva é 50% do caminho andado. Reflete introspecção, conforto ao ser enrolada no cobertor e lavação de alma. Aposto que chovia muito quando Buddha se iluminou!
Celebramos as pizzas com massa integral no jantar! Sim, nós, as Baleias (na foto acima, Solange, Kelly e yo).
Para fechar a noite, apresentação de música do cantor e instrumentista (e xamã?) Daniel Namkhay. A irmã me deu de presente o CD dele, um gesto de imenso carinho que me surpreendeu porque ela não é dessas coisas.
A foto foi tirada (e enviada) pela Nanci :) As minhas ainda serão devidamente publicadas. Aguarde.
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