Friday, March 06, 2009

Testemunha de passagem

A Simone, chuchuzíssima, aceitou finalmente o meu convite de conhecer A Macaca, e fazer uma aula experimental de Iyengar Yoga lá. Gosto muito das aulas da Chris Costa e percebi o quanto tenho que avançar na sequência dos parivrittas. O calor que faz em Sampa baixa tanto a minha pressão, que eu me sinto prestes a desmaiar após alguns asanas. Respiremos!

Paramos para degustar um açaí geladinho e colocar a conversa em dia. Tirei a semana para isso, aliás. Um pouco mais aliviada com a safra de relatórios de sustentabilidade, pude estar mais presente na vida dos amigos que estimo. Me despedi da Simone na frente do metrô Vila Madá e continuei a subida pela Heitor Penteado.

Presenciei uma triste cena em que um cara de moto tentava pegar à força um bebê do colo de uma mulher (parecia a avó da criança) e uma outra moça, provavelmente a mãe, berrava para ser deixada em paz. Fiquei naquela cruel indecisão de interferir na situação e oferecer ajuda ou deixar que eles se entendessem. Bom, a avó parecia brava o suficiente para proteger a moça e o bebê. Segui adiante.

Mais dois minutos andando e vejo um acidente de trânsito entre um carro e uma moto. O motociclista estava esparramado no chão, à espera da ambulância, sendo consolado pela namorada. Observei à distância se poderia ajudar de alguma forma, mas já havia tantas pessoas por perto que eu segui adiante, novamente.

No elevador, subi os 14 andares ao lado de um vizinho meio carrancudo, que passa as madrugadas vendo TV de canal evangélico no último volume. Para quebrar o gelo, puxei a pergunta: faz muito tempo que o senhor mora no prédio?
Curtamente, ele respondeu: 32 anos. Entrei novo e fiquei velho aqui dentro.
Silêncio.

Que volta para casa mais estranha - pensei.

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