Sunday, March 15, 2009

Escápulas para dentro para abrir o esterno


Neste fim de semana tive o meu primeiro retiro de Iyengar yoga em 2008, em Embu das Artes. Me perguntas como foi? Hmmmm, bem puxado, como sempre,mas estava mais disposta a aceitar o que viesse sem muita resistência mental. E isso faz certamente toda a diferença no quesito sofrimento desnecessário.

O dia mais pesado costuma ser sábado, que começa com meditação às sete da matina e se estende até às 10 da noite com longas práticas de exercícios com bastante permanência, intercaladas com aula de anatomia e refeições vegetarianas deliciosas preparadas pelas freiras (o lugar é um convento, by the way). Nunca dá para comer tudo o que se gostaria sem se arrepender depois, pois não há muito tempo livre para digestão. Hoje, inclusive, consegui a proeza de me servir 3 centímetros de pavê de chocolate, um titiquinho inimaginável fora deste contexto.

Em anatomia, estudamos o sistema circulatório e foi muito legal relembrar todos os detalhes do bombeamento do coração, o sangue cheio de oxigênio, que sai pela artéria aorta para nutrir todas as células do corpo, e o sangue venoso, repleto de CO2, que volta pela veia cava em direção ao coração. Válvula tricúspide... válvula mitral (antigamente eu me achava estranhamente especial por ter sopro na válvula mitral - um defeitinho aparentemente ingênuo, porém que me faz clamar por AR quando me dá taquicardia. Atualmente, o consenso médico, entretanto, diz que esse tipo de sopro é extremamente comum entre mulheres. Bah!)

Suada, com os músculos ardendo de tanto alongar, e o Kalidas ainda me pega para demonstrar parivritta trikonasana (uma flexão com torção bem forte). O joelho fraquejava tanto que eu me senti um daqueles filhotes de bambis querendo se levantar pela primeira vez para andar. Ninguém merece. O yoga é certamente o melhor caminho para treinar humildade (e perseverança!).

Em filosofia, você quer mesmo que eu tente explicar a parte do rei/purusha/consciência universal e a sua bailarina/prakriti/poder que dança? Só o professor Collaço tem esse talento...

A vontade é de continuar escrevendo, mas os olhos já pesam de tanto sono. Deixo umas fotinhos do tempo de voluntariado no Pará, mais precisamente em Suruacá, comunidade da Floresta Nacional do Tapajós, em 2006. É o tempo passaaaaa. Simbora aproveitar já!

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