Sunday, November 05, 2006

"Solitary brother
Is there still a part of you that wants to live?
Solitary sister
Is there still a part of you that wants to give?
If we try
And live our lives
The way we wanna be
Yeah!"

Ouvindo música do Seal, deitada na rede em Alter do Chão. Pouco depois, chega o lagarto amigo para comer as goiabas maduras caídas no chão. Batizo ele de Elianderson, tipicamente local. Ao entrar na cozinha para beber água, abro a parte do armário de-va-gar para não assustar tanto a aranha Geralcina, que corre apavorada de um canto escondido ao outro. Penso que as telas mosqueteiras que revestem as janelas servem mais aprisionar a bicharada dentro de casa do que efetivamente repelir a entrada.

Até agora não vi nenhum animal selvagem ou exótico, mesmo nas viagens de barco. Estou tendo que aprender a conviver apenas com uma imensa variedade de formiguinhas e formigões (que estão por tudo e picam sem misericórdia), baratinhas e baratonas (ui), aranhas e aranhonas, mosquitinhos chatos que pousam na pele (sabe aqueles que vivem na banana?), mariposas, "bruxas", barejeiras, morcegos, zangões, maribondos amarelos, grilos e calangos, muitos calangos! Vi um, inclusive, com tonalidades berrantes de azul turquesa, roxo e verde. E eu que pensava que eram todos marrons. A bióloga Andrian contou que, na infância, costumavam competir para ver quem capturava o calango mais colorido. E esfregavam vaga-lumes na roupa para brilhar no escuro.

Quem já colocou sal em sapo levante a mão!

No comments: