Ultima checada no e-mail antes de dormir. Cami me manda a edicao online do Jornalistas & Cia. Me chama logo a atencao a manchete sobre a "Estupida morte de Leonardo Blaz".
Mais uma vitima de sequestro relampago no Brasil. Esse caro jornalista estava voltando para sua casa, em Sao Bernardo do Campo, quando recebeu um tiro na cabeca. Tinha apenas 26 anos. Formou-se em jornalismo pela Metodista em 98, gostava da area cultural e passou uma temporada na Nova Zelandia para aperfeicoar o ingles. Com o perdao da palavra, PUTA QUE PARIUUUUUUUU! Que revolta me dah ao ler sobre a violencia no Brasil. E pensar que meus pais estavam preocupados com a minha saude no Nepal. Apos que os pais desse Leonardo tambem deviam estar contando os minutos para ele voltar da Nova Zelandia e morar seguro com a familia. E teve uma morte estupida, justamente voltando para casa. Se alguem me abordasse para um sequestro, acho que gritaria "Sou jornalista!". Quem sabe os malditos se tocariam da nossa situacao financeira e do imenso trabalho e estresse que eh a profissao. Acho que teriam doh. Bom, nao eh hora de choramingar pelas mazelas do jornalismo.
As vezes eu tambem quero viver na fantasia dos estereotipos brasileiros: musica, carnaval, festa, Garota de Ipanema, surf, rodizio de camarao e curtizeira. Eh para esse Brasil cheio de vida que eu quero voltar. Nao para essa violencia cruel, que tem como base uma pobreza mais cruel ainda. Estava lendo alguns blogs de brasileiros soltos pelo mundo. Todos falam de saudades dos churrascos, das bandinhas de musica ao vivo nos bares, ao mesmo tempo em que explicam o treinamento que estao recebendo para trabalhar no Burger King em Londres. Tanto esforco para aprender ingles, fazer umas reservas em libras esterlinas para poder retornar e ter uma vida melhor, eh claro.
Prestes a voltar, nao consigo deixar de pensar em passar correndo por Sao Paulo e tentar a voltar a viver no Sul... Santa Catarina ou Rio Grande. Mesmo com tantos grandes amigos em Sampa. Parece covardia minha virar as costas para o caos de Sao Paulo e abracar uma ridicula ilusao de refugio no Sul. Mas serah que isso nao me garantiria uns anos a mais de vida? Melhor nao comecar a ler as paginas criminais de Porto Alegre. Estou tragica, hj? Bem, o Leo me escreveu "ve se para de rir de tudo tambem". Pois eh, nao estou rindo. Na verdade estou bem p da vida.
Wednesday, July 07, 2004
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4 comments:
Oieee, irma. Eu pedi para escolheres uma universidade na California ou Nova York. Posso ateh encarar uma visita no Texas, mas nos teremos que descer para tomar umas tequilas legitimas no Mexico :)))
Pequeninha, com a saudade que estou de ti, te visitaria ateh em Mirim Doce. Aliaaaaaaaaaas, vou fazer questao de visitar o tio Gilmar e a tia Bina quando voltar hahahah
beijos pra ti tambem
Carli querida,
de onde vc tirou essa fixação repentina por Rio Grande do Sul, hein?!?!?! Não, porque querer voltar a morar em Floripa eu entendo perfeitamente, mas não sei de onde saiu essa vontade de viver em terras gaúchas... hehehe
Sobre Sampa, não sei... cada vez mais me convenço que importa menos ONDE vives que COMO e COM QUEM vives. Passei seis meses numa das cidades mais maravilhosas do mundo (NY) e não aproveitei quase nada por causa da pessoa com quem eu estava dividindo minha vida. E agora, em Sampa, penso em voltar pra Floripa, mas acho que sinto mais saudades da minha família do que da cidade em si. Mas aqui tenho uns amigos maravilhosos, trabalho, grana, eveeeintos, happy hour, japonês, pão na chapa... :)
PODE IR VOLTANDO PRA CÁ JÁ, JÁ, JÁ! :p
muitos beijos,
Carol.
Também quero saber que história é essa de morar no RS... Quem namora um gaúcho sou eu! ehehehhee
Bjs, Cami
To achando que vale a pena conferir de perto o ditado que todo gaucho eh macho hahahaha
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